Da Redação
O Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares
(HRAS), em São Mateus, referência na rede hospitalar da Secretaria de Estado da
Saúde (Sesa), atingiu um marco importante em 2025: 63 órgãos captados para
transplantes. A última ação ocorreu no domingo (3), com a oitava captação
múltipla do ano, envolvendo coração, fígado, dois rins e duas córneas.
A operação mobilizou uma equipe
multidisciplinar e contou com apoio do Núcleo de Operações e Transportes Aéreos
(Notaer) para o transporte rápido do coração e do fígado até o Hospital
Meridional Cariacica, garantindo que chegassem no prazo máximo de quatro horas
— tempo limite para esses órgãos serem transplantados.
Números expressivos em 2025
Até o momento, o HRAS já realizou:
07
fígados
16 rins
36
córneas
04
corações
O desempenho é tão significativo que, já em
abril, o hospital havia igualado o número total de doações realizadas em todo o
ano de 2024.
Processo e protocolo de doação
Segundo Karla Santana Fernandes, referência
técnica da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para
Transplante (CIHDOTT) do HRAS, o processo segue rigorosamente os protocolos
médicos e éticos:
1. Confirmação da morte encefálica por meio de
exames específicos.
2. Entrevista com a família após autorização da
Central de Transplantes.
3. Verificação de compatibilidade com
receptores no Espírito Santo ou, se necessário, no ranking nacional.
Na captação de domingo, todos os órgãos foram
destinados a receptores do próprio estado, evitando a necessidade de
acionamento da lista nacional.
Fila de espera por transplantes no ES
De acordo com o Sistema Nacional de
Transplantes, em 5 de agosto de 2025, 2.666 pessoas aguardavam por um órgão no
Espírito Santo:
Córnea:
1.508 pacientes
Rim:
1.105 pacientes
Fígado:
46 pacientes
Coração:
07 pacientes
O perfil dos pacientes varia: entre homens, a
maior demanda está na faixa dos 50 a 64 anos; entre mulheres, entre 35 e 49
anos.
Conscientização e ato de amor
O diretor-geral do HRAS, André Fagundes,
reforça que a doação é um ato de amor e que não há abreviação de tratamento
para obtenção de órgãos:
> “Enquanto o paciente tiver 0,1% de
chance de vida, nossa equipe vai lutar por ela. Quando confirmada a morte
encefálica, iniciamos todos os protocolos para que essa doação possa salvar
vidas.”
Karla Fernandes complementa:
> “A fila de transplantes está andando.
Quanto mais as famílias compreenderem a importância da doação, mais vidas serão
beneficiadas.”
Fonte:
Assessoria de Comunicação – Superintendência da Regional Norte de Saúde |
Gilmar Henriques
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