Da Redação
O que a pesquisa descobriu
Um
estudo feito na Inglaterra acompanhou quase meio milhão de mulheres que tiveram
câncer de mama em estágio inicial e passaram por cirurgia. O objetivo era
entender quais eram as chances de surgirem novos cânceres depois do tratamento
– seja em outra parte do corpo, seja na outra mama.
Os
resultados mostraram que, apesar de existir um risco um pouco maior do que o
normal, a diferença não é grande em relação à população em geral.
Principais números
Em
20 anos de acompanhamento:
13,6%
das mulheres desenvolveram outro tipo de câncer que não era de mama – apenas 2,1%
a mais do que o esperado.
5,6%
tiveram câncer na outra mama (contralateral) – cerca de 3,1% a mais do que o
normal.
O
risco foi mais alto em mulheres mais jovens.
Entre
os novos cânceres, os mais comuns foram de útero e pulmão. Outros tipos
apareceram em menor quantidade, como leucemias e alguns tumores mais raros.
E os tratamentos, aumentam o risco?
Os
pesquisadores também analisaram o papel das terapias usadas depois da cirurgia:
Radioterapia:
aumentou um pouco o risco de câncer de pulmão e de câncer na outra mama.
Terapia
hormonal (endócrina): aumentou o risco de câncer de útero, mas reduziu as
chances de câncer na mama contralateral.
Quimioterapia:
foi ligada a um risco um pouco maior de leucemia.
No
total, os cientistas calcularam que apenas uma pequena parte dos casos de
câncer secundário pode ser atribuída diretamente aos tratamentos.
O que isso significa na prática
A
boa notícia é que o risco existe, mas é baixo. A maioria das mulheres que
passaram por câncer de mama não terá outro câncer no futuro. Além disso, os benefícios
dos tratamentos superam em muito os possíveis efeitos colaterais.
O
estudo reforça a importância de:
manter
o acompanhamento médico regular, mesmo anos após o tratamento;
realizar
os exames de rotina indicados pelo oncologista;
adotar
hábitos de vida saudáveis, como não fumar, praticar atividade física e ter uma
alimentação equilibrada.
Conclusão
Sobreviver ao câncer de mama é uma grande vitória. E, embora exista um risco ligeiramente maior de desenvolver outro câncer, esse risco é relativamente pequeno e não deve ser motivo de medo, mas sim de atenção e cuidado contínuo com a saúde.
Fonte: https://www.bmj.com
0 Comentários