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Da Redação

Setembro está batendo à porta e, com ele, vem também um alerta importante: é tempo de reforçar o combate ao Aedes aegypti, o famoso mosquito que transmite dengue, Zika e chikungunya. Essa é a época que antecede o período de maior risco para as arboviroses, e a Secretaria da Saúde (Sesa) faz um chamado para que cada cidadão entre nessa batalha.

 Por que agora?

Quem explica é o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso. Segundo ele, os próximos meses pedem ainda mais atenção porque prevenir agora ajuda a evitar surtos lá na frente.

As ações antecipadas reduzem os criadouros e a população do mosquito. Isso diminui os riscos de epidemias justamente quando o calor e as chuvas favorecem a proliferação do Aedes. Por isso, cada morador precisa fazer sua parte em casa”, destacou.

 Dengue: uma doença que segue as estações

Embora existam casos o ano inteiro, a dengue costuma disparar a partir de outubro e novembro. Não é coincidência: o calor acelera o ciclo de vida do mosquito, enquanto a chuva multiplica os criadouros com água parada.

Ou seja: quanto mais rápido eliminarmos os focos agora, menores serão as chances de enfrentar surtos intensos nos próximos meses.

 O perigo está dentro de casa

Você sabia que cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências? Pneus esquecidos no quintal, pratos de plantas com água, caixas d’água destampadas… tudo isso pode virar criadouro.

Por isso, o recado da Sesa é simples: a vistoria precisa ser semanal. Uma olhadinha rápida em casa pode fazer toda a diferença para manter sua família protegida.

 Boas notícias: casos em queda

O esforço conjunto já mostra resultados animadores. Até 23 de agosto deste ano, o Espírito Santo registrou 31.367 casos prováveis de dengue, sendo 24.899 confirmados e apenas um óbito. Bem diferente do mesmo período de 2024, quando foram mais de 134 mil casos e 41 mortes.

E a boa notícia não para aí: os casos graves também caíram 76% em comparação com o ano passado. Em 2025 foram 563, contra 2.386 em 2024.

 Alerta: sinais da dengue grave

Apesar da queda, é importante estar atento. A forma mais perigosa da doença pode aparecer depois da fase inicial e se manifestar com sintomas como:

 dor abdominal intensa;

 vômitos persistentes;

 sangramentos;

 sonolência ou fadiga excessiva;

 pressão baixa.

Ao perceber qualquer um desses sinais, a recomendação é procurar imediatamente atendimento médico.

 Todos juntos contra o mosquito

Além do trabalho em casa, o poder público também está mobilizado. Desde fevereiro, o Espírito Santo conta com o Centro Integrado de Comando e Controle das Arboviroses, que reúne forças para enfrentar dengue, Zika e até o vírus Oropouche.

Segundo Orlei Cardoso, essa união entre população, municípios, Estado e Ministério da Saúde tem sido fundamental para reduzir casos, complicações e óbitos.

 E agora?

O recado é claro: setembro é o momento de redobrar os cuidados. A luta contra o Aedes aegypti é diária, começa dentro de casa e precisa do esforço de todos. Cada tampinha virada, cada vaso revisado e cada caixa d’água bem fechada podem salvar vidas.

 Fonte: SESA ES

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